segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Medicamentos para cancro e sida em breve nas farmácias

Medicamentos para cancro e sida em breve nas farmáciasPublicado: sábado, 27 de Outubro de 2007 - 20:00Infarmed anunciou que fármacos poderão ser dispensados nos próximos mesesAs farmácias vão passar a vender medicamentos para o cancro e para a sida, revelou o Infarmed. Até agora, só os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibilizavam estes fármacos. Embora prevista, a medida divide opiniões - ora agrada, ora continua a levantar vozes de discórdia.É uma promessa antiga assumida pelo Governo e subscrita no «Compromisso com a Saúde» - tendo em vista a liberalização da propriedade das farmácias e a melhoria do acesso dos cidadãos aos medicamentos – assinado, dia 26 de Maio de 2006, entre a tutela e a Associação Nacional de Farmácias (ANF). Esta semana, finalmente, chegou a garantia de que o processo se encontra “em fase avançada”.De acordo com o «Diário Económico» o anúncio foi feito pelo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), Vasco Maria, depois de o ministro da Saúde ter asseverado que o processo de venda destes medicamentos fora dos hospitais está avançado.“Está em fase adiantada a preparação da dispensa pelas farmácias de fármacos para o cancro e sida”, disse Correia de Campos, levando o presidente do Infarmed a revelar que “os medicamentos chegam às farmácias nos próximos meses.”"Perigo para a Saúde Pública", diz o bastonário da OMA medida já suscitou reacções e, segundo os especialistas ouvidos pelo DE, a venda de medicamentos para o cancro e para a sida nas farmácias “pode ser um grande perigo para a saúde pública.”Recorde-se que, em 2006, quando Correia de Campos anunciou a preparação desta medida que permite às farmácias a administração de medicamentos altamente "agressivos e dispendiosos" - nas palavras do ministro - a doentes com patologias como cancro, sida e doenças hematológicas, a Ordem dos Médicos (OM) rejeitou liminarmente a possibilidade.Evocando constituir "um enorme risco para a saúde pública", o bastonário da OM, Pedro Nunes, argumentou (na altura) que “a toma de anti-retrovirais por doentes com sida fora do quadro da rigorosa vigilância médica actualmente seguida acarretaria o risco do surgimento de vírus resistentes aos medicamentos", sublinhando que "isso já aconteceu com o bacilo da tuberculose e poderá acontecer, também, com o vírus da sida."Raquel Pachecotags

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