quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Oa utentes do SNS vão agora fazer o teste do HIV gratuitamente, na Madeira isso já acontecia!!!



Jornal da Madeira / Região / 2008-12-03

Os utentes do Serviço Nacional de Saúde vão agora poder fazer o teste da sida gratuitamente
Saúde nacional segue modelo da Região
Os testes da sida sempre foram gratuitos na Região Autónoma da Madeira, ao contrário do continente que só agora está a mudar para este modelo. O secretário regional dos Assuntos Sociais diz que a Madeira nunca seguiu o sistema nacional nesta matéria, sendo que um dos motivos foi considerar «irracional» tratar a esta problemática em centros homogéneos.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou a 1 de Dezembro, Dia Mundial da Saúde, na Amadora, que os testes da Sida (VIH1 e VIH2) vão passar a ser gratuitos para todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), indo assim ao encontro da opção tomada pelo Sistema Regional de Saúde, que sempre realizou os testes gratuitamente para os seus utentes. O teste da sida «continuará a ser gratuito como até aqui, sem pagar taxas moderadoras», garantiu ontem ao JM, Francisco Jardim Ramos, secretário regional dos Assuntos Sociais. Também ao contrário do continente, na Madeira não há locais específicos para realizar o testes, como os centros de diagnósticos de sida. Na Região, basta ir ao centro de saúde da sua área de residência, onde lhe é passada a requisição para fazer a colheita de sangue. O teste depois é feito sem qualquer encargo para o utente. Se o utente quiser ir a uma unidade convencionada, também pode fazê-lo, recebendo depois uma comparticipação. O secretário regional aproveita o momento para fazer a distinção dos sistemas regional e nacional. «Nós nunca seguimos a política nacional nesta matéria, porque consideramos que é irracional tratar esta problemática em centros homogéneos de diagnóstico», visto continuar a ser uma doença «muito estigmatizante», referiu o governante. Para Francisco Jardim Ramos, fazer os testes em centros de diagnósticos de sida, como no continente, já era, de facto, expor a pessoa a uma situação que «deve ser tratada com a maior discrição possível. Por isso, nós optámos aqui, sempre, por fazer como uma situação normal de outra doença qualquer». O governante lembra ainda «que a rede de centros de saúde cobre toda a Região, pelo que o utente, pode, de forma confidencial, fazer a análise de forma gratuita». Até agora, os testes são pagos no continente. Ainda assim, em Portugal realizam-se já cerca de um milhão de testes por ano. A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou também o reforço da capacidade de diagnóstico precoce do vírus, particularmente junto dos grupos mais vulneráveis. Para tal, revelou a ministra, vão ser disponibilizadas cinco unidades móveis - uma por cada administração regional de saúde -, que pretendem assegurar um acesso universal ao diagnóstico da infecção, além de proporcionarem informação e aconselhamento.
Na Região, basta ir ao centro de saúde da sua área de residência, onde lhe é passada a requisição para fazer a colheita de sangue. O teste da sida depois é feito sem qualquer encargo para o utente.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dia Mundia da Sida - Madeira - diário noticias

"Vivemos a fantasia de que somos inatingíveis"
A chave para a luta contra a sida continua a ser a prevenção. Na região há 378 casos
Data: 01-12-2008
As campanhas repetem-se mas o número de casos está lá, firme e com tendência crescente. A ideia de que a sida "só acontece aos outros" continua a persistir, daí que "o grande chavão para esta doença continue a ser a prevenção". Para a coordenadora da delegação regional da Abraço, Cristina Gouveia, "a responsabilidade de diminuir os casos de sida é individual". "Vivemos um pouco a fantasia de que somos inatingíveis", alerta. A Abraço apoia, na Região, cerca de 200 pessoas, de entre as quais 64 crianças e 42 agregados familiares. "O projecto com as crianças é muito completo e feito em ligação com as escolas", explica. Muitas delas passam várias horas diárias na associação, almoçam, jantam, desenvolvem actividades. Contudo, como refere Cristina Gouveia, "a Abraço não tem uma idade limite" de apoio. "O nosso 'abraço' não se fecha", atira. A discriminação ainda persiste, mas com menos força do que no início da actividade da instituição. "Podemos dizer que as pessoas estão mais sensibilizadas, mais informadas, de um modo geral, mas continuam a assustar-se muito", frisa, referindo-se à rápida associação de que "a sida é morte". "As pessoas continuam a ter dificuldade em entender que a sida é uma doença que caminha, cada vez mais, para um estado de cronicidade como tantas outras e que as pessoas, desde que tenham cuidados, podem estar integradas na sociedade", aponta. Ao contrário dos primórdios da doença, em que era facilmente 'colada' à prostituição, aos toxicodependentes e aos pobres, a sida agora é "de todos". "É uma doença democrática que, sendo de comportamentos, pode dar num pobre coitado como num senhor advogado ou engenheiro, com muito bom ar e aspecto, porque não está escrito na testa das pessoas", alerta. O mais que apelado uso do preservativo continua a ser recorrente em todas as campanhas que desenvolvem. Na vida sexual, este método contraceptivo não pode ser descurado. "A sida tem este lado 'bom', no sentido em que é muito fácil nos prevenirmos", sublinha, acrescentando que, "havendo cuidados, é uma doença controlada". 378 casos registados na Região Desde Janeiro de 1983 até Dezembro do ano passado, a Região tem registados 378 casos. Segundo Cristina Gouveia, a sociedade continua a "fechar os ouvidos à realidade do que é a sida". "Pelos conhecimentos que vou tendo, sinto que há pessoas que foram tramadas ou foram apanhadas por algo que foi construído por elas próprias, como preconceitos e pressupostos errados, por isso vamos esperar que estes números não aumentem", frisa. Porém, segundo a psicóloga, há cada vez mais registos de novos casos em segmentos antes não identificados, como em idosos. "Em Portugal, houve aparecimentos na casa dos 40, relacionados com práticas sexuais não protegidas", aponta, garantindo que tal se baseia no facto de a sexualidade ainda constituir um tabu bem presente na sociedade, bem como o uso do preservativo em determinadas faixas etárias. "Se as pessoas perceberem que a sida, havendo comportamento de risco, pode chegar a qualquer pessoa e que implica um comportamento preventivo da pessoa em relação a si própria, esses números não aumentam", atira, acrescentando que "a responsabilidade de protecção não é do outro, mas de cada um".Apoios precisam-se"Continuamos sem apoios". A casa que a Abraço utiliza na Rua da Carreira, cedida pelo Governo Regional, continua por melhorar, visto que não se encontra em boas condições. "Já é o terceiro Natal em que o pedido da Abraço continua a ser o mesmo ao Pai Natal, que é uma nova casa para as crianças, onde elas possam crescer, estudar e aprender a viver para um dia serem cidadãos com civismo", frisa a psicóloga. Estudo sobre o medo da SIDA na população- A maioria dos portugueses acredita que o medo da sida pode ser uma barreira para o diagnóstico, revela um estudo pioneiro realizado em Portugal; - Um em cada três portugueses conhece uma pessoa seropositiva; - 43% considera que a sida é a segunda doença mais grave em Portugal, logo a seguir ao cancro; - O medo e a injustiça são os sentimentos que a sida mais gera; - 24% referem que os portadores do vírus da sida são um dos grupos mais discriminados na sociedade; - 93% consideram que as pessoas com sida são discriminadas e só 37% consideram que a discriminação tem diminuído em Portugal; - Metade da população inquirida tem receio em fazer testes para diagnóstico da sida, por vergonha.
Zélia Castro

Dia Mundial da Sida

Há muitos casos de Sida por notificar


Machado Caetano diz que situação do país é lamentável
Há muitos casos de Sida por notificar
Jornal da Madeira — Recentes estudos indicavam que Portugal é um dos países com uma das maiores taxas de novas infecções, pelo menos a nível europeu. Como é que estamos em relação à Europa e, já agora, em relação ao Mundo?Machado Caetano— É com o maior pesar que tenho que responder que, de facto, Portugal, em termos de país evoluído e europeu, tem das taxas mais elevadas de seropositivos e de SIDA. Tirando a Estónia, somos o país com maior incidência e com maior número de casos de SIDA por 100 mil habitantes. É muito difícil falar de números sem sublinhar que existe uma subnotificação muito grande. Os médicos continuam, a nível nacional, a não relatar todos os casos de SIDA, ainda que tenha passado a ser um dever, uma obrigação dos médicos. Há uma carência de informação real, que atinge, provavelmente, milhares de casos que não são relatados. No país, à data de Junho deste ano, contavam-se 33.800 casos de infecção VIH, com um número de casos de SIDA propriamente dita de 14.600 casos. Na Madeira, o número global de casos de infectados, referenciados até Junho deste ano, atinge os 395 casos de infecção, dos quais 138 já com SIDA. Nos Açores são 240 casos de infecção, dos quais 89 já com SIDA.A situação em Portugal é lamentável. As três grandes cidades mais afectadas são Lisboa, Porto, Santarém e depois, as cidades que têm ambiente universitário. Onde há universidades costuma haver mais juventude, há muito mais liberalização sexual e aparecem muitos mais casos. Podemos dizer que, de facto, progredimos em muitas coisas, mas no que diz respeito à informação sanitária da população no que diz respeito à luta contra as doenças sexualmente transmissíveis e particularmente a SIDA, os resultados são muitíssimo insuficientes. De pequenino é que se torce o pepino e nós não estamos a aproveitar aquilo que seria o mais indicado, que é investir fortemente na educação para a Saúde, para a sexualidade e na educação cívica dos jovens. Os nossos jovens têm de chegar aos 12 anos com uma preparação que lhes dê a capacidade de não escorregarem para as grandes ratoeiras da civilização contemporânea, que é ver muitos filmes, fumar, beber bedidas alcoólicas. Hoje em dia a taxa de alcoolismo nos jovens é elevadíssima. Sabemos que ao fim-de-semana os jovens muito novinhos já se embriagam regularmente. E não bebem para se alegrar ou divertir. Bebem para ficar bêbados. Portanto, isso condiciona uma série de comportamentos de criminalidade, de comportamentos sexuais de alto risco.Alterações nos infectadosEm Portugal, tal como noutros países, tem havido uma evolução de quem é que se deixa infectar. Cada vez vemos que são menos toxicodependentes e mais heterossexuais, mais mulheres, mais jovens e mais idosos. Estamos a ver cada vez pessoas mais velhas a aparecer infectadas, mercê de toda uma série de novas práticas sexuais com estimulantes — Viagras e outras substâncias. Também vale a pena salientar que continuamos a ter um número de casos mais elevado na taxa entre os 25 e os 60 e tal anos. Como a SIDA demora dez, doze ou quinze anos a aparecer, significa que muitas das pessoas que aparecem infectadas aos 25 ou 30 anos se infectaram na adolescência. O que se está a passar é que houve uma mudança de hábitos das drogas injectáveis para os comprimidos e cocaína. Há menor número de heroinómanos, menos droga intervenosa, menos injecções, menos casos de SIDA. Passámos a ter outras patologias, como é evidente. JM - Como é que estamos a nível de tratamento?MC - Hoje, conhece-se melhor a infecção VIH. Já não se espera tanto tempo para começar a tratar as pessoas. Percebeu-se que quanto mais cedo se começar o tratamento, melhor. O tratamento, agora, diz-se que deve ser precoce, intensivo e de associação medicamentosa.Por outro lado, o estudo genético das pessoas infectadas permite estudar os casos de vírus resistentes à terapêutica e, por outro, permite evitar reacções secundárias desagradáveis com alguns medicamentos. Há pessoas que reagem muito mal a um medicamento e hoje já podemos, por estudos genéticos, determinar isso.Prevenção integrada é a soluçãoUm outro progresso que vale a pena difundir é que a prevenção deixou de ser só esta coisa de informar as pessoas sobre como é que o vírus passa de uma pessoa para as outras. O vírus só passa por via sexual, por via materno-infantil ou injectado. Não há outras maneiras de o vírus penetrar. Pensava-se que bastava dizer às pessoas para usar o preservativo, não terem relações com desconhecidos, etc. Não. Hoje em dia, defende-se a prevenção integrada. É preciso, ao mesmo tempo, informar, educar para a sexualidade, fomentar o uso do preservativo, desenvolver a circuncisão em pessoas que têm um prepúcio que precisa de ser operado, fazer consultas de diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, sem ser a SIDA: a sífilis, o herpes e outras doenças que aumentam a probabilidade de ter SIDA e fazer o tratamento precoce e generalizado, bem como o acompanhamento, das pessoas infectadas. A prevenção é isto. Se não for tudo isto feito ao mesmo tempo não estamos a prevenir. Basta que não tratemos todas as pessoas infectadas para haver imensas pessoas com virémias muito altas e com grande probabilidade de infectar os outros.Compromisso internacional a cumprir até 2010Há uma espécie de compromisso internacional, que não tem sido cumprido, e que foi reafirmado no Congresso do México, que é o de que, até 2010, todas as pessoas tenham acesso ao diagnóstico e ao tratamento. Podemos dizer que é um bocado utópico, mas internacionalmente foi esse o desejo mais uma vez expresso.Outro aspecto que vale a pena salientar é que existem em todos os países e também em Portugal, uma subavaliação das pessoas infectadas, heterossexuais e bissexuais. Há muito mais pessoas infectadas do que nós julgamos, sobretudo na parte hetero e bissexual. A maior parte das vezes não se detecta esse risco acrescentado das pessoas. Toxicodependentes tuberculose e SIDAOutro aspecto a salientar é o dos toxicodependentes. Queria chamar a atenção para que os toxicodependentes, sobretudo os por via intervenosa, são um risco enorme, não só para eles, que não são tratados, diagnosticados e apoiados, como para a população em geral. Porque o número de indivíduos toxicodependentes com tuberculose é elevadíssimo. E a tuberculose não se pega na cama. Pega-se em qualquer lado! Sublinho aqui a enorme importância que se tem de dar aos toxicodependentes. Não só pelo que eles sofrem, pelo que eles gastam, pelo risco que a sociedade tem nos seus distúrbios, nos seus comportamentos, mas porque eles são veículo também de transmissão de muitas doenças, designadamente, hepatites e tuberculose. Foi feito um alerta mundial em relação a isto.Um outro aspecto que quero sublinhar: a tuberculose está casada com a SIDA. O número de pessoas com infecção VIH que tem tuberculose ultrapassa os 50 por cento. É uma taxa elevadíssima.Deveremos procurar os toxicodependentes, os seropositivos, agarrá-los (no melhor sentido) e estudá-los de modo a verificar se eles têm uma infecção destas, com perigo para eles e para a população. Esse é que é o problema. Não é o VIH! O VIH passa-se na intimidade de uma relação sexual, ou da mãe para o filho ou por picada. Mas nunca neste convívio. E neste convívio, hoje, a tuberculose e a hepatite são particularmente perigosas.JM — E a nível de apoios estatais?MC — Há carências enormes. Porque repare: a infecção VIH não é só ter o vírus no sangue. A infecção produz no indivíduo infectado, mesmo sem a expressão logo da doença, uma enorme depressão, uma enorme sensação de angústia, de ansiedade. As pessoas ficam muito marcadas em relação à sua capacidade de trabalhar, de conviver. A vida sofre um abalo brutal. E até que as pessoas se restabeleçam, passa muito tempo. Faltam apoios psicológicos. Faltam apoios de suporte social, até porque muitos destes indivíduos deixam de trabalhar, muitas vezes erradamente. Há carências de medicamentos. Muitos deles nem são comparticipados. Mesmo os genéricos, muitos não são comparticipados.Portanto, as pessoas infectadas, muitas das quais pertencem a classes socioeconómicas muito baixas e têm carências brutais, necessitariam de que fossem estudadas as condições de melhor apoio a nível jurídico, social, económico, familiar. Há na verdade, a necessidade de um investimento muito maior.A solução é diagnosticar cedo, tratar com ferocidade e apoiar os doentes e as famílias.Há uma coisa que quero salientar: não é preciso ter uma relação coital, isto é, sexo, relação física para haver o risco de transmissão de muitas doenças do grupo das sexualmente transmissíveis. Mesmo sem haver uma relação sexual. Refiro-me ao herpes, ao vírus do Papiloma, à sífilis, à Hepatite B, à tuberculose. Todas estas infecções e doenças podem-se ter por um relacionamento amoroso que não implique penetração sexual. Os jovens têm de saber isto, porque muitos deles não têm ainda relações de penetração — têm carinhos, contactos e, por vezes, contagiam-se uns aos outros — por vezes com vírus indutores do cancro, como é o caso do vírus do Papiloma.Hoje, as pessoas seropositivas e infectadas, que se comecem a tratar a tempo, com os novos medicamentos, têm uma sobrevida praticamente igual à das pessoas do seu género e da sua idade que não estão infectadas. Quer dizer, que a infecção por VIH, se tratada a tempo, pode não induzir morte mais precoce, desde que o indivíduo seja diagnosticado a tempo, seja acompanhado, faça tratamentos correctos, seja controlado. A pessoa que tenha tido comportamentos de risco ou admita que possa estar infectada, deve ir ao médico e pedir um teste de sida. Hoje os testes são muito sensíveis, têm uma garantia de correcção elevadíssima e muitas vezes já após três semanas de um contacto podemos ter testes fiáveis, seguros, para poder dizer que a pessoa tem o vírus. É um teste muitíssimo simples. É gratuito, a nível do Serviço Nacional de Saúde. Passem palavra: quem pensar que pode ter sido infectado não hesite, vá ao seu médico peça para fazer um teste de VIH e deixe-se viver como se não tivesse o vírus da SIDA, sem infectar os outros e com os tratamentos pode viver como outra pessoa qualquer.

Anete Marques Joaquim

quarta-feira, 23 de julho de 2008

BACK



Agora estou de volta! depois de tanto trabalho!

estou de volta a este meu blog!

obrigado pela tua preocupação Melões!

mil beijinhos para ti

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Responsabilidade: Ame-se a si próprio e livre-se da imunidade baixa

De: SIDA Luz Positiva - Portal de Alternativas
Olá a todos,Gostava de vos falar da responsabilidade que o seropositivo tem para consigo mesmo ou talvez devia dizer do "doente" de imunidade pois ser seropositivo pode significar tudo já que ainda não existe forma fidedigna de identificar o HIV e apenas se identificam proteínas que existem em 500 outras situações que não o HIV. Assim é possível que alguns diagnosticados de HIV não necessitem desta mensagem e já se amem a si próprios.No entanto para aqueles que têm problemas de imunidade esta mensagem é importante na medida que faça sentido para si pois não vamos usar algo que racionalmente não faça sentido.Como muitos devem saber a imunidade tem muito a ver com a Glândula do Timo, aquela glândula para a qual apontamos gestualmente quando dizemos "eu". Timo vem do grego Thymos/Thumos que associa o corpo á respiração(energia vital).A glândula do Timo pode atrofiar ou aumentar conrespondendo a uma menor ou maior produção/amadurecimento de linfócitos T, aqueles que os "doentes" de imunidade tanto precisam. O atrofiamento do Timo deve-se ás emoções reprimidas, stress emocional, emoções negativas como ódio etc.É importante saber que o ódio por exemplo é mais perigoso para o Timo e para a imunidade que qualquer vírus existente pois se o Timo estivesse a funcionar bem dificilmente algum vírus conseguiria desenvolver-se.Por outro lado o Amor e os pensamentos positivos desenvolvem um Timo com capacidades acrescidas e é a maior fonte de imunidade que podemos adquirir. Libertar-se das mágoas, ressentimentos, raivas e ódios acumulados é a melhor terapia para a imunidade que pode existir.Constato frequentemente que os "doentes" de imunidade incluíndo a generalidade dos seropositivos com imunidade baixa, têm pouca auto-estima e pouco amor por si próprios, além de guardarem dentro de si uma colecção de pensamentos e emoções negativas características de uma doença que marginaliza socialmente e produz auto-marginalizados.Aprender a amar-se a si próprio torna-se fundamental para o "doente" de imunidade. O Timo neste momento está a atrofiar ou aumentar consoante você está feliz ou infeliz consigo e com a vida. É uma decisão de cada um aceitar-se como é e amar-se ou culpabilizar-se e castigar-se. Integrar-se ou na sociedade e Viver ou desintegrar-se a si mesmo excluíndo-se de tudo.Sei por experiência própria como a auto-exclusão me afectou e não haveria medicamento no mundo que me salvasse caso continuasse a excluír-me tendo pena de mim, culpando-me e castigando-me por não ter a coragem de me amar e enfrentar a mim mesmo assim como enfrentar a sociedade e a vida. Por mais discriminação que haja nunca vi maior discriminação como aquela a que eu próprio me submeti e foi lutando contra essa que ganhei amor próprio suficiente para enfrentar a discriminação que vem de fora.No entanto posso garantir que quando existe amor próprio e auto aceitação, a discriminação exterior raramente acontece e quando acontece bate na porta e volta para trás.O Timo está pertinho do coração e fica bem no chacra do coração. Podemos desenvolver tanto o chacra do coração como o Timo já que interagem e trabalhar num é trabalhar nos dois. Se deseja aumentar sua imunidade trabalhe no chacra do coração e comece a mudar seus pensamentos negativos para positivos. Comece a trabalhar suas emoções e seja senhor/a de suas emoções em vez de escravo delas. Comece a amar a si próprio/a e a dizer coisas bonitas a si mesmo em vez de estar sempre a criticar-se ou culpar-se. Deixe de ser rígido/a consigo mesmo e torne-se mais flexível consigo e com os outros. Troque o orgulho pela humildade e a raiva pela paciência. Aceite-se e aceite os outros em vez de se rejeitar e irritar consigo e com os outros.O medicamento milagroso para a "sida" com letra pequena já existe e chama-se "Amor" com letra grande. Talvez tenha de ser treinado mas todos temos um pouco de amor onde pegar e começar treinando mesmo que estejamos muito em baixo. Peça ajuda se necessário a um terapeuta, a um amigo/a, a Deus... mas liberte-se e liberte seu Timo e chacra do coração. Deixe-os crescer como é suposto em vez de deixá-los atrofiarem juntamente com o organismo. Sabemos muito bem onde nos levará o atrofio completo do Timo e do chacra cardíaco mas sendo uma questão de amar, estamos sempre a tempo de mudar o rumo dos acontecimentos.Use exercícios simples se não tem prática.Visualize uma luz verde/dourada no centro de seu peito onde se encontra o Timo e permaneça com essa luz o tempo que conseguir.Exercite o amor próprio com afirmações positivas em frente ao espelho. Diga que se ama a si mesmo/a.Use a imagem de cura do site que é uma ferramenta ideal para o propósito de abrir o chacra do coração.Faça Tapping(pancadas leves) com o nó dos dedos em cima do Timo.Fale para seu Timo e diga que o ama.Muitos outros exercícios podem ser realizados. O importante mesmo é começar a amar-se a si e aos outros. Quem ama perdoa e está grato. Perdoa quem lhe fez mal, perdoa quem o/a discriminou. E está grato/a por tudo. Eu sou grato que tive hiv pois deu-me a oportunidade de entender que meu problema era não me amar nem me aceitar e hoje sei que só eu posso restaurar minha imunidade e mantê-la no alto através da aceitação e do amor.A mudança é um trabalho interior sempre. Nada se cura de fora para dentro e o Timo é um bom exemplo disso. Não tem medicamento que possa restaurar o Timo e a imunidade sem que se liberte o Timo da pressão emocional e mental negativa. No máximo poderia aumentar a imunidade até que estragássemos tudo de novo com as emoções/pensamentos negativos.É um facto comprovado que o Timo atrofia frente ás emoções/pensamentos negativos e que aumenta frente ás emoções/pensamentos positivos. Então está na hora de olharmos mais para esse aspecto e começar a trabalhar nas emoções e pensamentos patológicos. Como todos sabem as curas milagrosas acontecem assim e cancros terminais por exemplo desaparecem sem deixar rasto apenas porque o paciente se libertou da carga emocional patológica acumulada. São demasiados casos para reportar e para ignorar. Faça algo por você mesmo/a e comece a responsabilizar-se por aquilo que pensa, sente e faz. Cuide de seu Timo amando-se a si mesmo e aos outros e verá o quão grande a mudança pode ser.
Um abraço e votos de bom trabalho interior!
Denis
S.I.D.A. Ser Imune Com Disciplina e Amor- SIDA Luz Positiva - Portal de Alternativas Equipe

quinta-feira, 27 de março de 2008

D. Pedro de Cristo



A Gravação não é muito boa, mas a música é!

Dedicado a : http://meloes-melodia.blogspot.com/

Abraços :)

The Cure: Why, Whether, How and When


Project Inform
The Cure: Why, Whether, How and When
By Martin Delaney
April 2008

More than three years ago, Project Inform kicked off a campaign to refocus the attention of the patient, activist and research communities on the need for a true cure for HIV disease. The success of combination therapy and treatment simplification seemed to have created a wave of complacency and a sense that, except for side effects, HIV treatment was finally "good enough." Project Inform has challenged this view ever since. Though the effort was sometimes ridiculed as naïve, a number of influential groups and researchers have now joined the campaign.
Today more people than ever agree that the current standard of lifetime maintenance therapy is not an adequate solution to the HIV epidemic. Several factors made this conclusion more obvious than ever. This article examines four issues about the notion of curing HIV disease: (1) why the goal of curing HIV disease has become so critically important; (2) whether a cure is feasible given current and near future technology; (3) what "cure" means and how it might be achieved; and, (4) when this might be possible. The article also closes with new information about efforts now underway toward reaching this goal.

1. Why Is a Cure so Important?

This may seem obvious to just about anyone with HIV disease, but it has not always been so. Today's regimens offer dramatically better outcomes than what people typically faced earlier in the epidemic. It might be easy for some to think that the problem of HIV has largely been solved. Not quite. Not even close.
Thankfully, the days of a short-term death sentence are well behind us. With good care and treatment, it's fair for people with HIV to expect to live out a relatively normal lifespan. Missing from the greatly improved picture are the ways in which HIV disease still complicates the lives of those affected as well as its costs to both the individual and the public.
Today, HIV treatment means a lifetime of using multiple, expensive medications whose long-term side effects can't be known until they have actually been used long-term. Today's drugs are easier to use and appear far less toxic, but only a few have been used for 10 or more years. We have yet to learn what the consequences will be of 20 or 50 years of use.
Another thing typically overlooked is the lifetime cost of treatment which currently averages between $12,000-$25,000 a year for relatively healthy people with HIV, and much more for those in advanced stages of disease. While these costs have been met in the short-term, we're only beginning to look at the lifetime costs of being on regimens for up to 50 years. It's simple: do the math! And what about the developing world, where roughly 90% of the world's cases of HIV occur? Despite massive infusions of money, and despite reducing the costs of drugs to virtually that of their raw materials, efforts still only reach a modest percentage of the people worldwide who need treatment.
The US committed more than $15 billion to HIV treatment in developing countries over the last five years through the PEPFAR program. The World Health Organization, Global AIDS Fund, Clinton Foundation and many smaller groups along with support programs from the pharmaceutical industry have made enormous additional contributions. The reach is still too small and the amount of money needed must be increased many times over to reach even the most vulnerable parts of the infected population.
It has long been hoped that this would only be temporary; that we would have a vaccine and the numbers of people infected each year would finally begin to drop. Sad to say, but the search for a vaccine hit a wall in the last year. In many ways, we may now be no closer to a vaccine than we were 20 years ago. Some of the most prominent scientists in the world are warning us that a vaccine may never be possible due to HIV's unique properties.
At the very least, if there is to be an HIV vaccine, we currently have no idea how to make one. Similarly, great hope was invested in using microbicides -- gel-like compounds applied to the areas of sexual contact that hopefully block HIV infection. But so far these have proven about as effective as vaccines, which is to say "not at all."
Thus, when we take a sober look at the fight against HIV in the developing world, the prospects of lifetime therapy don't look so good either. First, the expenditures by wealthier nations will have to drastically increase, and then these sums must be sustained for the next 50-100 years, assuming there's no vaccine in the near future. We must ask: how likely will developed nations continue this level of support for as long as it's needed?
Sadly, the answer is not very likely. For one, there's little precedent for sustained medical effort in developing nations, let alone one as expensive, difficult and lasting as fighting HIV is. Secondly, the costs are so large they may not be sustainable at all. Even the great private funds like taht of Warren Buffet will be bankrupted over time by this fight.
In short, lifetime therapy is not a realistic solution for HIV disease even in the US and Europe let alone the developing world. The situation can only worsen if unexpected long-term side effects appear over time.
It should be abundantly clear: the only way to effectively conquer the epidemic is to cure the disease. We cannot coddle the virus with a lifetime of drugs. People with HIV should be enormously grateful to all those who have contributed to developing the drugs we have today. Millions more would have died without them. But their utility is limited and they're not a true long-term solution. The goal of fighting HIV for the first 25 years was to create and distribute effective anti-HIV drugs. The goal of the coming years must be to get people OFF the drugs and back to a state of normal health.

2. Is a Cure Feasible?

It is one thing to conclude that a cure is needed, and perhaps it's the best and only real solution to the epidemic. It is quite another to say that it's possible to create one.
Many scientists argue a cure is unrealistic with any conceivable technology. They quickly insist that a cure requires the complete eradication of HIV. Every copy of it must be prevented from infecting a cell, and every cell that already contains HIV must die off or be destroyed. Otherwise, they believe, the infection will just start up all over again.
While this sounds reasonable at first, is it necessarily so? It is important to ask scientists, "Just what data support this? What study or observation concludes that you have to eliminate every last copy of HIV or infected cell to reach a point where it's no longer a problem?" There are no such data, no such studies. It is a belief, not a scientific fact.
The hints we have from data largely suggest that the opposite may be true. Many viruses peacefully co-exist in the human body, though in some cases they can be highly destructive. Two good examples are CMV and JCV. CMV can cause blindness and death; JCV can cause a horrible form of dementia that leads to death. Yet each is quietly present at low levels in most people and does little or no harm except in rare circumstances.
What about HIV? In primates, the equivalent of HIV is called SIV, and it often replicates freely yet does not cause harm or become AIDS. It's how the immune system reacts to it that causes the harm. Moreover, we know there are literally thousands of humans with HIV who, due to a combination of factors, either maintain only low levels of HIV or simply don't get sick from it. They may be a small minority, but they prove the point: HIV, even in the absence of treatment, is not always destructive.
The data simply do not support the notion that the only way to survive HIV is either through lifetime therapy or by complete eradication of virus. It would be ideal to rid the body of HIV, but an effective cure may NOT require this. If anything, the data suggests the opposite.
We see people repeatedly exposed to HIV who never become productively infected. We see that reducing, though not eliminating, virus in a pregnant woman almost completely eliminates the risk of her passing the infection onto her child. We know that true long-term non-progressors, or elite controllers, sustain some level of HIV infection but show little evidence of clinical illness.
Perhaps a harmful case of HIV requires a certain level of virus before it becomes destructive. Maybe treatment can push the level of virus low enough that it no longer matters. Possibly some of the new properties shown by drugs like CCR5 antagonists and integrase inhibitors may change the underlying conditions that make harmful HIV replication happen.
Dr. Steven Deeks, a key researcher from the University of California, summed it well at a recent Project Inform Update Town Meeting when he said, "Beware of grey haired scientists who tell you something is impossible." He is hardly alone.
There's a growing cadre of young investigators at universities, the NIH and drug companies who believe a cure is indeed feasible, and perhaps sooner than many think. It is instructive to remember that shortly after HIV was found to be the cause of AIDS, some researchers claimed, "It will be impossible to treat this disease at all." Within 21 months, the first drug was approved by the FDA. Little more than 20 years later, scientists claim that people with HIV and access to treatment could expect to live a normal life span. A cure is not only possible; it is the next step in HIV research.

3. How Can HIV Be Cured?

It is admittedly premature to pronounce that one approach or another is the most likely avenue to curing HIV. Instead, there are a number of possibilities. What we need are some serious programs to develop and test them. So far, the most widely tested approach has used just antivirals, alone or together with another kind of drug to try to eradicate HIV.
Scientists back in 1996 thought it would be enough to simply give people the strongest antivirals for several years in a row and this would gradually eliminate even the last copies of HIV. They were wrong, but this led to the discovery that HIV was being sustained, in relatively small amounts, in "reservoirs." These were generally inactive cells, like memory T-cells, which the immune system only rarely activates and uses. They're largely unaffected by HIV drugs and the immune system. For some reason they can only be reached when they are activated.
This led to a second approach, one that was predicted in the 1980s. It also used the most potent antivirals and added a second type of drug to activate these reservoir cells. This ultimately proved dangerous, as it activated all the cells in the body. Still, some scientists believe we haven't given this approach a fair trial. They argue that perhaps we need to use this approach more slowly, but repeatedly, in hopes of reaching all the cells in the reservoirs, but not all at once.
Although neither approach succeeded, they showed that when patients were treated in this way, they would sometimes remain free of active replication for a month or longer without therapy. A similar early attempt used the immune modulator IL-2, which is T cell stimulator, to achieve this goal. This too seemed to delay the return of viral replication in people whose antiviral treatment was interrupted, but it eventually failed.
Thus, attempts at eradication have neither succeeded, nor completely failed. Several studies are now underway to further test eradication theories by using the new integrase inhibitor drugs. Their different mechanism of action offers some theoretical benefits compared to previous antivirals. Remember, though, that we really don't know whether a "cure" actually requires complete eradication.
A recently reported case study from Germany described what happened when a patient was given a stem cell transplant, for treating cancer, by using cells from a donor who lacked the genes that cause the body to make the CCR5 receptor favored by HIV. This case study is described in more detail on Project Inform's website in our coverage of CROI 2008.
More than 300 days after the transplant and any use of antivirals, the patient still shows no evidence of HIV replication, either by standard viral load testing or a more sensitive test that measures what's called pro-viral DNA. Though the investigators are not calling it a cure, they continue to follow the patient to see whether or when HIV replication might restart.
At the very least, it seems to prove the concept that when viral levels are greatly reduced, even if not eliminated completely, the body seems to keep HIV well in check for long periods without antivirals. It would be difficult to find enough donors who have this very special type of genetic mutation, so this exact procedure is not practical for large numbers of people. A similar goal could be achieved through gene therapy, something which eventually could be applied to large numbers. Other types of gene therapy also offer hope in the pursuit of a cure.
Yet another approach seems to offer hope, even if it proves necessary to go after every cell that has been infected by HIV. A German group revealed a new technology, on a laboratory level, which is able to extract viral genetic sequences that have been integrated into human cells. It's a long way from being a practical therapy, but again, it shows proof of the concept.
Other scientists are working on ways to suppress the inflammatory processes triggered by HIV infection. Some believe that it is inflammation rather than any unique activity of HIV that makes it harmful. They believe it causes harm primarily because it causes cells to release inflammatory proteins, which in turn harm the body. If this is correct, turning down or turning off the inflammation may be enough to change HIV into a harmless virus.
These and other approaches all rely on a simple definition of what curing HIV must mean. Cure, in this way of thinking, may not mean absolute elimination of the virus. Rather, it simply requires reaching a state where either there's no measurable HIV replication despite withdrawing therapy, or where the immune response to HIV is changed in ways that no longer harm the body or immune system.
A cure also cannot be expected to automatically repair any damage done to the immune system when HIV was active. It would be great if that could be achieved, but it's not a standard we demand of other cures. Sometimes a cured disease leaves damaged tissue or cells behind. Sometimes the body fixes them over time; sometimes it doesn't. Antiviral drugs aren't completely fixing the immune system now, so we cannot demand that a cure will do it either.

4. When Can a Cure Happen?

This question is impossible to answer. At best, prediction is a tricky business. However, a number of the more enthusiastic researchers seeking a cure believe that the solution may be closer than most believe. Claims that it won't be possible until far in to the future are based on the false definition of cure, the one that demands absolute eradication. Once we realize that this is not required, the cure doesn't seem so very far away.
It's now routine to reach HIV levels below 50 copies. Studies with new drugs are now using a test that measures down to 5 or 10 copies, and there's evidence that the drugs are succeeding at this level. Researchers will need to retest various eradication approaches using these new therapies. We really don't know what happens when HIV is suppressed this low for long periods. Similarly, a few first generation gene therapy studies are well underway and near completion. These may not be the total solution but could well point us there, as does the German stem cell transplant program. The most optimistic researchers we have spoken to believe we will see the first evidence of a cure in as soon as 5 to 10 years.
A few argue that it has already happened, but our ability to see and measure it lags behind. It is even possible the immune system itself has done the job in some cases, but we just don't know it. Why? Because once a person gets truly well, they are seldom studied. We simply would not know if there have been people all along for whom the natural immune response has been sufficient.
We believe this process can and must be accelerated. It currently receives very little funding—just a tiny fraction of the amount spent developing new antivirals. We are aware of only two pharmaceutical companies that are actively pursuing cure-based research. Merck has a lab dedicated to studying eradication in the same systematic way they develop a new drug. Tibotec/J&J is already engaged in a very interesting gene therapy study that may help point the way. We'd like to see every drug company invest in this area, if for no other reason than the fact that it might offer the last hope for big profits in the fight against AIDS.
There are now 24 antivirals on the market. Each gets only a modest portion of the revenue generated by only about 10% of people with HIV. If the lure of profits is what it takes to generate interest in the cure, so be it. While a cure would certainly end the drug companies' revenue stream from lifetime therapy, several have argued that there are far more profitable areas of medicine and drug development than HIV. They would make more money working in those areas once their patents in HIV expire.
Given the failure of vaccines and the difficulties faced in microbicide development, along with the prohibitive costs of lifetime therapy, we believe research funding must be redirected toward the kind that can result in a cure. This will require a large change in how research is funded, and it requires new insights from basic science as well as clinical research.
Efforts are underway to make this happen. In December 2007, more than 125 scientists from around the world came together in a meeting dedicated to unraveling the challenge of HIV persistence and eradication. These scientists, along with a few activists and foundation representatives, are committed to this type of research.
amfAR has already issued a series of program grants for work in this area. A collaboration of community groups is also organizing a scientific meeting that will take place in the fall to develop plans and strategies to enhance and support this research. TAG (Treatment Action Group), amfAR, FAIR, The Forum for Collaborative HIV Research and Project Inform have banded together to organize and help fund this meeting, which may be the first of several. amfAR is considering a second round of grants to support such work, and FAIR (the Linda Grinberg Foundation for AIDS and Immune Research) will fund another group of proposals.
Collectively, we hope to further influence the Division of AIDS at the National Institute of Allergy and Infectious Diseases to increase its commitment to this type of research.
As we shift our thinking in pursuit of a cure, we will not abandon interim needs. There is still a need for better and less toxic antivirals. There's a profound need to figure out how to make the best use of the new drugs we've recently gained. Project Inform is pursuing these needs on a separate but parallel track through another scientific conference we're organizing for the fall, called HAART 2.0. This meeting will help develop strategies for testing new paradigms of treatment with current drugs. These include such things as one- and two-drug regimens, eliminating the most toxic agents, and reducing the use of drugs that harm the liver or heart. Some of what we learn through that process will not only benefit patients in the short-term but will also contribute toward the final push for the cure.

domingo, 23 de março de 2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

Lares discriminam idosos seropositivos

Lares discriminam idosos seropositivos
Alguns lares, apoiados pelo Estado, foram acusados de discriminar idosos seropositivos. O Instituto de Segurança Social recebeu três queixas só no ano passado.

terça-feira, 11 de março de 2008

Madeira - Recolha de seringas aumenta 19%


http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010214110308


Madeira
Recolha de seringas aumenta 19%
As farmácias da Nazaré e Camacha trocaram, em 2007, mais do dobro de seringas face a 2006.
Data: 11-03-2008

Em 2007 foram recolhidas mais de 150 mil seringas na Região no âmbito do programa 'diz não a uma seringa em segunda mão', o que representa um aumento de mais de 29 mil seringas face a 2006.

Os dados fornecidos ao DIÁRIO pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) mostram que este aumento global de 19 por cento reflecte sobretudo os elevados valores registados, no ano passado, na farmácia da Camacha e na da Nazaré.

Se em 2006 a farmácia da Nazaré recolheu/trocou 4.240 seringas, em 2007 esse valor ascendeu a 10.400, o que representa um aumento de 59%. Já na farmácia da Camacha, passamos de 6.620 seringas em 2006, para 15.240, no ano transacto, um aumento na ordem dos 57%.

"É possível que nesses núcleos habitacionais exista alguma concentração deste tipo de problemáticas", justificou Paulo Sousa, presidente da secção regional da Ordem dos Farmacêuticos, acrescentando que estes valores correspondem a um 'retrato' de uma sociedade onde está a aumentar o número de toxicodependentes.

Na opinião de Paulo Sousa, a grande maioria dos toxicodependentes está sensibilizado para este programa de trocas que, na entrega de duas seringas usadas, permite receber um 'kit' composto por duas seringas estéreis, dois toalhetes embebidos em álcool a 70 graus, um preservativo, uma ampola de água bidestilada, um filtro e um folheto informativo que visa prevenir comportamentos de risco face à transmissão da Sida e das hepatites.

Farmácias resistem a aderir ao programa, na Região

Segundo os dados oficiais, apesar do aumento das seringas trocadas na Região, o número de farmácias que aderiram ao programa tem vindo a diminuir. Em 2006 eram 37, enquanto que no ano transacto já eram apenas 32. O DIÁRIO fez uma ronda por algumas farmácias das principais ruas do Funchal e constatou que são poucas as que, no momento, estão a trocar as seringas usadas. São apenas 16 no Funchal, diz a ANF.

A má experiência com os toxicodependentes, que são agressivos ou mal-educados com os clientes, é apontada por diversos farmacêuticos como a principal razão da desistência do programa. Segundo estes técnicos é comum os toxicodependentes chegarem com um 'magote' de seringas na mão, depositá-lo sobre a mesa, para serem os primeiros a ser atendidos. Não aguardam pela sua vez, 'atropelando' os outros clientes. "Têm pressa, como se fossem apanhar o autocarro", constatou uma farmacêutica.

A criação de um local próprio, fora das farmácias, para proceder à troca das seringas, é uma opinião unanimemente defendida pelos farmacêuticos ouvidos pelo DIÁRIO. "Este é um serviço gratuito e eles não respeitam", referiu outro técnico de farmácia, "não entenderam que a farmácia é privada, não é um centro de saúde", acrescentou.

Na farmácia do Chafariz, este programa está a meio gás. "Ás vezes aceitamos as seringas, mas já desde 2003 que não temos 'kits'", disse Cristina Vieira. A farmacêutica explicou que durante o fim-de-semana, quando são poucas as farmácias abertas, os toxicodependentes entram nesta farmácia para deixar as seringas e, na ausência de 'kits', optam mesmo por comprar seringas de insulina. Segundo esta farmacêutica, no Funchal, só se troca seringas na farmácia de Santo António, na Luso Britânica e na da Nazaré.

Apesar de existirem outras farmácias, estes são os locais mais conhecidos pelos toxicodependentes. "Estão habituados a ir trocar a estes sítios", disse o presidente da secção regional da Ordem dos Farmacêuticos, justificando o maior fluxo de trocas nestes locais.

Paulo Sousa sublinha que este programa tem de ser entendido na óptica do serviço público das farmácias e não do ponto de vista comercial. "Apesar de três ou quatro situações pontuais, onde pode não existir a troca, estou convencido que mais de 90% das farmácias a fazem", disse. "Há trocas em quase todos os concelhos da Região", assegurou.

Só pelo facto de contribuir para retirar as seringas das ruas, e para evitar a sua partilha entre toxicodependentes, e consequentemente o possível contágio da Sida e das hepatites, Paulo Sousa está convencido que esta campanha vale a pena.

Programa 'diz não a uma seringa em 2ª mão'

O programa, criado em 1993, visa sobretudo a redução do número de seringas abandonadas pelas ruas, e evitar a partilha de seringas usadas entre os toxicodependentes, prevenindo assim a propagação de doenças como a Sida e as hepatites.

O perigo que representa uma seringa abandonada num jardim público é a principal preocupação de Paulo Sousa, presidente da secção regional da Ordem dos Farmacêuticos. As crianças não sabem o que é uma seringa, "acham muito giras, coloridas e cor-de-laranja, e podem se picar", referiu, acrescentando que "ela não faz a mínima ideia do risco de contágio de doenças que corre".

Não se trata de incentivar o consumo de drogas, cedendo gratuitamente os kits, como muitas pessoas pensam, explicou Paulo Sousa, mas sim 'limitar' os riscos de contágio e evitar problemas maiores.

sábado, 8 de março de 2008

ASSOCIAÇÃO ABRAÇO PREVENÇÃO PORTUGAL

Sida no Mundo, Portugal e na Madeira - Dia Mundial da Mulher



Jornal da Madeira / 1ª Página / 2008-03-08
Machado Caetano critica a forma como o governo trata esta área
«A saúde pública está doente em Portugal»
Há 20 anos, apenas um terço dos adultos com VIH eram mulheres. Hoje em dia, elas já são quase a metade dos infectados. Há mais mulheres que homens infectadas nas Caraíbas e África Subsariana. A infecção feminina está a aumentar na Ásia, Europa do Leste e América Latina. Portugal está na cauda da Europa no que respeita a números de casos referenciados e que aumentam em vez de diminuirem como já aconteceu [com sucesso) na Espanha e na Suíça. São dados assustadores e que revelam que a grande parte da população pode estar “informada” mas não “educada” para a prevenção da Sida, como explica o médico Machado Caetano que hoje vai ser orador numa palestra subordinada ao tema “Prevenção da Infecção VIH/Sida nas jovens e nas mulheres”, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal.Professor catedrático da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e Presidente da Fundação Portuguesa “A Luta Contra a Sida”, Machado Caetano entende que este flagelo não passa só pela informação mas sobretudo pela educação das pessoas. É neste sentido que o médico não poupa críticas à forma de como o governo português gere a saúde pública, comparando, por isso, Portugal com outros países da Europa, nos quais, desde que foram notificados os primeiros casos de Sida [início dos anos 80] têm trabalhado de forma surpreendente a problemática da transmissão deste vírus mortal.«Nós somos um povo escapatoriamente informado, contudo, não somos um país educado», refere o médico, dando um exemplo curioso a respeito da razão porque está Portugal na cauda da Europa nesta questão.«A Suíça tinha há cerca de 15 anos, uma das mais elevadas taxas de toxicodependência e de infecção do VIH. Neste momento, este país tem um dos índices mais baixos da Europa. E Porquê? Porque um país que aposta na educação maciça colhe os seus frutos a curto prazo. Em Portugal, isso não acontece. A razão, a meu ver, pretende-se também com o facto da Sida estar associada à riqueza. Se um país é pobre terá, com certeza, mais casos de VIH. Eu costumo dizer que “A Sida afecta cada vez mais os países pobres e os pobres dos países ricos”. É uma relação que eu costumo estabelecer e, infelizmente, é uma realidade».Portugal ainda é «o pior em tudo»É neste sentido que o professor afirma que «é pela falta de uma melhor educação que o nosso país é o pior em tudo. É aquele com mais taxas de abortos, que mais jovens tomam a pílula do dia seguinte e que têm gravidezes indesejadas, é também aquele com mais taxa de Hepatite C, Cirrose Hepática, Tuberculose, Toxicodependência e Sida. Como podemos constatar, a nossa saúde pública em Portugal está muito doente» afirmou, acrescentando que é preciso «agarrarmos nos responsáveis e que são, em primeiro lugar a família, em segundo lugar a escola e em terceiro lugar a sociedade civil, que inclui as instituições não-governamentais e governamentais, como é o caso das autarquias para travarmos uma epidemia como a Sida». Machado Caetano afirma que as autarquias, bem como a comunicação social, são as restantes “forças” que exercem um papel fundamental na prevenção desta doença. «As autarquias, por serem os grandes responsáveis por grande parte da actividade social e educacional das populações, devem assumir o papel de formadoras. A comunicação social, por ser absolutamente indispensável na divulgação da informação».De salientar que na palestra de hoje (com início marcado para as nove horas da manhã), o médico referiu que vai abordar a questão da Sida nas várias “etapas” da mulher, isto é, enquanto jovem, mãe, educadora e parceira sexual. Como referiu, a educação, para além da formação, continua a ser a melhor “vacina” para prevenir o vírus do VIH.Sida atinge cada vez mais os jovens, seniores e mulheres, sendo que em Portugal estão referenciados 32 mil casos de Sida desde 1983Machado Caetano diz que, quando o assunto é “dividir” os infectados com o vírus da Sida por grupos, existem, cada vez mais, três grupos que se destacam. «Hoje em dia, os dados que temos são que há cada vez mais jovens a serem infectados com o VIH; há cada vez mais seniores a sofrerem com esta doença e depois há cada vez mais mulheres infectadas, ao contrário daquilo que se registava há alguns anos a esta parte. Entre nós (portugueses) esse fenómeno também se verifica. Actualmente e desde o início da epidemia (que começou a ser referenciada em 1983) nós temos entre nós 32 mil casos de pessoas infectadas, muitas delas mulheres. O pior, é que muitos dos casos referenciados são sobre mulheres grávidas e no momento do parto. Uma situação dramática e que vem duplicar o problema em termos de tratamento», frisou o médico.

Lucia Mendonça da Silva

Sida constitui "uma desgraça nacional



Sida constitui "uma desgraça nacional"
Machado Caetano defende que "a educação é a chave da luta" contra esta doença
Data: 08-03-2008
A sida é, mais do que nunca, "uma desgraça nacional" que coloca Portugal na cauda da Europa em termos de saúde pública. O alerta foi deixado hoje de manhã pelo presidente da Fundação Portuguesa 'A Comunidade contra a Sida', Machado Caetano, que aproveitou também para frisar a importância da educação na luta contra este flagelo social. O também professor da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa lamentou o facto de nunca se ter registado "uma revolução a nível educacional e cultural" que mudasse as mentalidades no bom sentido da questão."Não se pode combater esta infecção com outras infecções e sem elevar o nível sócio-económico das famílias", atirou, garantindo que Portugal continua sem um plano adaptado à população, no que se refere ao álcool, à sinistralidade, droga e à sida. Na abertura do colóquio 'A Sida no Feminino', o secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos, disse que, na Madeira, estão notificados cerca de 370 casos de pessoas infectadas, sendo que 95 são do sexo feminino. O responsável frisou a vontade de continuar a investir na formação dos profissionais de saúde e nas acções de formação, tendo como objectivo a prevenção desta doença ainda sem cura.

Um guia positivo para relacionamentos



Um guia positivo para relacionamentos
A cena dos relacionamentos é geralmente comparada a uma selva: brutal, difícil e um pouco desnorteante. Mas quando se é seropositivo e está à procura de um amor, o mapa é ainda mais difícil de decifrar, e a jornada é repleta de decisões que ameaçam a auto-estima e salpicada de uma desconfortável incerteza. Para marcar o Dia dos Namorados, o PlusNews teve um encontro “de coração para coração” com três activistas e uma jovem estrela – todos vivendo com o HIV –, que compartilharam suas experiências no amor e na vida. Johanna Ncala, 40 anos, coordenadora de educação para tratamento do grupo de pressão Campanha de Acção pelo Tratamento (TAC, em inglês). Ela mantém há quatro anos um relacionamento à distância com seu parceiro, activista em Moçambique e pai de sua filha de dois anos. Luckyboy Mkhondwane, 32 anos, técnico em mídia comunitária do TAC, vive com seu parceiro seronegativo há pouco mais de um ano. Gordon Mthembu, 44 anos, coordenador provincial do TAC em Gauteng, acabou de pagar o lobola (dote) de sua namorada, que é seronegativa. Eles estão juntos desde Maio de 2007. Tender Mavundla, 26 anos, está para lançar seu primeiro álbum solo. Ela revelou publicamente sua seropositividade num concurso de canto em rede nacional em 2007. Ela está noiva de um professor, também em uma relação discordante. Coragem para contar? Luckyboy: Nós nos conhecemos em 25 de Novembro [2007]; foi amor à primeira vista. Conversei com alguns de seus amigos que eu conheço, e eles me contaram que ele também se sentia atraído por mim. Então eu disse: “OK, queres sair comigo, mas deves saber uma coisa a meu respeito: sou seropositivo”. E ele disse: “Tudo bem, para mim isto não é um problema.” Eu já saí com outras pessoas que dizem “Eu te ligo” quando contas. E aí esperas grudado ao telefone e a pessoa não telefona. Então é melhor saber que estou a entrar nesse relacionamento com uma pessoa que quer ficar comigo a longo prazo. Tender: Depois de ter ido ao cinema e saído com este rapaz por algumas semanas, vi que ele estava a falar sério sobre ter um relacionamento... Então eu disse que queria contar-lhe uma coisa: “Eu tenho tuberculose e estou em tratamento”. E ele disse: “Tudo bem, todo mundo fica doente.” Levei alguns dias para dizer: “Não é só tuberculose”. Isto estava a corroer-me... Lá estava eu, a sair com este rapaz; usávamos preservativos, mas um preservativo pode romper-se a qualquer hora. Depois que eu dissesse a verdade ele poderia bater-me e até matar-me. Então eu lhe disse: “Olhe, sou seropositiva.” Eu vi o rapaz ir embora. Literalmente ir embora. Ele só levantou-se, olhou para mim, e disse: “Não estás a falar sério”. Era como se tivesse visto um fantasma, apavorado. Então eu lhe disse: “O preservativo não rompeu-se, está tudo bem. Na verdade, nem sabes se também não és seropositivo, já fizestes o teste?” E ele disse: “Eu nunca vou me testar para isso!” Eu tentei ligar para ele, mas ele não atendia meus telefonemas... Esta situação fez-me sentir que nunca mais teria um relacionamento normal. Depois pensei: “Sabes de uma coisa? F***-se, não vou contar a estas pessoas. Agora vou ficar quieta e viver minha vida”. Mas isto também não funcionou. Não é certo esconder de uma pessoa de quem dizes gostar, mas foi assim durante um certo tempo. Não vou mentir para você... Tudo que os médicos contaram-me [sobre re-infecção] fazia-me sentir tão culpada que voltei a pensar: “Sabes de uma coisa? Chega. Vou contar-lhes no primeiro encontro”. Adotei e apliquei esta regra, e agora tenho um namorado e ele quer casar comigo.
Gordon: Foi provavelmente dois dias depois que envolvi-me com minha parceira que contei-lhe que era seropositivo. No início ela dizia: “Tenho medo, vamos terminar, não estou preparada para envolver-me com uma pessoa seropositiva”. Eu respeitei sua decisão, mas um mês depois ela voltou e disse que tinha pesquisado sobre o assunto. Estamos juntos desde Maio de 2007 e eu até já paguei o lobola [dote]. A família dela sabe que sou seropositivo e não fez diferença, porque ela decidiu que me ama e que isto não era um problema. Eles me aceitam como sou e sua família está a começar a envolver-se no sentido de defender os seropositivos. Johanna: Conheci um rapaz em Durban. Ele parecia ser muito bem-educado e disse que estava interessado em mim. Eu lhe disse que estava num relacionamento, mas ele continuou a me telefonar sem parar. Quando contei-lhe que era seropositiva, ele disse: “Tudo bem, vamos tentar.” Logo que desliguei o telefone, eu soube que ele não iria mais ligar. E ele nunca mais ligou. Geralmente quando encontro alguém, uma vez que revelo que tenho HIV eu simplesmente apago seu número do meu telemóvel para evitar a tentação de começar a telefonar para esta pessoa. Tu sabes quando a pessoa não vai ligar. Podes ouvir em sua voz que o que diz não vem do coração, que está a dizê-lo só para não magoá-la. Se contas a ele que és seropositiva e ele diz: “Tudo bem”, eu sei que está a mentir, porque a pessoa deveria dizer “Isto me preocupa, podes dar-me mais informações”. Deve haver perguntas. Vivendo como casal discordante Gordon: No dia-a-dia isto é um tormento. E se o preservativo romper-se? O que dá mais medo é de contaminar minha parceira. Às vezes eu até uso duas camisinhas para protegê-la. Luckyboy: Isto dá muito medo. Aconteceu comigo, e meu parceiro é seronegativo. Ele fez o teste no dia seguinte e de novo três meses depois. Ele continuava negativo, mas é por isso que eu prefiro ser honesto desde o início. Meu parceiro sabe que as chances de contrair o vírus são mínimas porque minha carga viral é muito baixa, mas isto não me dá o direito de fazer sexo desprotegido. Eu não correria o risco. Acho que não poderia viver com o sentimento de culpa se eu contaminasse outra pessoa. Eu, você e meu HIV Gordon: Talvez estejas a falar, mas eles não acreditam em ti – eles dirão: “Sua SIDA está a te pregar peças.” Isto acaba por tornar-se uma questão, porque tudo o que falas está ligado ao HIV; tudo que fazes, é sobre o HIV. Minha parceira não bebe nem fuma, e isto é um problemão, porque eu bebo e fumo. Na maioria dos casos eu tenho que esconder-me porque vão lembrar-me: “Fumas, mas sabes que és seropositivo”. Em Dezembro eu bebi muito, voltei para casa lá pela uma da manhã. Minha parceira, ao invés de perguntar-me onde eu estava, me disse logo de cara: “Estavas a entreter sua SIDA de novo?” Eu fiquei tão sentido que quase terminei o relacionamento porque isto significa que ela tinha questões que não falava abertamente. Luckyboy: Há preocupação e há preocupação. Sempre que eu vou fazer compras e compro uma garrafa de vinho tinto, meu parceiro diz: “És seropositivo, não deves beber”. Ou como agora, se estivesse com meu parceiro, não estaria a comer isto [apontando para seu sanduíche], estaria a comer salada e a tomar água. Às vezes é demais. Terminar é difícil Johanna: Às vezes dói o fato de estares a começar um relacionamento e ele terminar. Isto faz com que te tornes mais reservada e não queiras mais entrar num relacionamento. Então quando alguém te acolhe, você se agarra a este relacionamento. Mas não é fácil, porque tens medo. Tender: No que me diz respeito, ser solteira não é uma coisa ruim. Não procure um namorado. Procure amigos primeiro. Um amigo que pode entender quem és, como Tender, e como Tender com HIV/Sida. Estes amigos podem apaixonar-se por ti, por tua coragem. Só porque és seropositiva, isto não quer dizer que deves desesperar-te. Não corra atrás dos homens dizendo: “Por favor, fique comigo, fique comigo, fique comigo.”
JOHANNESBURG, 21 Fevereiro 2008 (PlusNews)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Jovens continuam sem saber como se transmite a Sida


Sérgio Luís faz mais de 30 mil quilómetros por ano: vai a creches, escolas e lares falar sobre HIV. Dez anos depois da primeira palestra, assegura que as dúvidas continuam as mesmas. Num país onde a Educação Sexual ainda não chegou a todos, os jovens ainda perguntam «como se transmite o vírus».
No anfiteatro da escola secundária de Vila Nova de Santo André, no Alentejo, o ar despreocupado dos finalistas ali reunidos dá lugar a expressões de choque. Acabaram de ouvir que fazem parte do grupo etário responsável por cerca de metade dos novos casos de infecção de HIV em Portugal.
A informação apanha-os de surpresa. Alguns, até então enterrados nas cadeiras, endireitam-se e procuram saber mais sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana.
«Se for detectado no início pode ser tratado?», questiona um aluno no meio da plateia. «Como é que nos podemos proteger?», atira quase em simultâneo um colega, logo atropelado por outra pergunta: «Onde é que podemos fazer um teste para saber se estamos infectados?».
O técnico da associação Abraço tem um ranking «preocupante» das principais dúvidas levantadas pelos milhares de jovens que contactou ao longo de uma década. «O que é que significa HIV?» e «Como se transmite o vírus?» continuam no top, diz preocupado.
Perguntas difíceis de aceitar numa altura em que Portugal assinala precisamente 25 anos da detecção do primeiro caso de SIDA no país.
«Ao contrário dos estudos e relatórios que vão sendo divulgados sobre o conhecimento desta matéria, todos os dias respondo às mesmas perguntas e dúvidas que respondia há exactamente dez anos», alerta, sublinhando que, no que toca a conhecimentos, já não se encontram diferenças entre os jovens do interior e os das grandes cidades.
A experiência do técnico é atestada pelas estatísticas, que revelam um paradoxo aparente: a geração que nasceu num mundo com HIV, que tem acesso à Internet e informação sobre sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) é também uma das mais atingidas pelo vírus e responsável por colocar Portugal em segundo lugar na tabela dos países europeus com a maior taxa de mães adolescentes.


O problema poderá estar na qualidade da informação e na ideia de que a multiplicação de sensações a que os jovens actualmente estão sujeitos pode descartar o conhecimento científico e a pedagogia.
«Acredito que se todas as escolas tivessem programas de educação sexual consistentes, a situação seria muito melhor», defende Duarte Vilar, director executivo da Associação para o Planeamento da Família, que desenvolve trabalho na área da educação sexual (ES) há mais de trinta anos.
Este responsável recorda o caso da Finlândia, onde «se registou um aumento de gravidezes não desejadas e de infecções sexualmente transmissíveis depois de terem sido suspendidos os programas de educação sexual».


Em Portugal, desde 1984 que são aprovados diplomas legais para aplicar a educação sexual nas escolas. O primeiro projecto-piloto arrancou há 13 anos e há oito foi publicado o decreto-lei que tornou obrigatória a abordagem da saúde sexual e humana. No ano passado, o Ministério da Educação (ME) voltou a anunciar a obrigatoriedade das escolas leccionarem a matéria.
«Fazemos boas leis, mas depois não as implementamos nem monitorizamos. Está na altura de deixar de reflectir tanto e passar a acção. Têm de deixar de brincar às alterações legislativas», defende, por sua vez, Joana Almeida, da Rede Europeia de Jovens pela Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (Youact).
Portugal foi dos primeiros países europeus a permitir a educação sexual nas escolas. Mas «a lei era tão boa e estava tão bem feita que até permitia que a matéria não fosse dada e foi o que aconteceu», lembra Sérgio Luis.


Albino Almeida, da Confederação Nacional da Associação de Pais (Confap), argumenta que a última decisão ministerial significa um avanço, mas defende que cabe também aos alunos alterar o actual panorama.
«Os jovens de hoje têm acesso a uma imensidão de informação, mas muitas vezes descuram o que sabem em teoria. Têm um deficit entre o que aprendem e o que aplicam», diz o presidente da Confap.
Um inquérito recente revelou que um terço dos jovens portugueses sexualmente activos não utiliza preservativo e outro terço admite só usar às vezes.
O professor de Biologia da escola secundária de Vila Nova de Santo André, João Mendes, pode ter uma justificação para a falta de aplicação dos conhecimentos. Nas terras pequenas, a privacidade é um direito difícil de manter.


«Há muito tempo que os alunos sabem o que é um preservativo, mas têm vergonha de ir comprá-lo. Aqui, se vão à farmácia, no dia seguinte há alguém a comentar com o pai - então o teu puto foi comprar preservativos», lembra João Mendes, defensor acérrimo da abertura em todas as escolas dos anunciados gabinetes de apoio e aconselhamento aos alunos.
Na semana passada, os finalistas da escola alentejana aproveitaram a presença do representante da Abraço para colocar todas as dúvidas numa aula que ultrapassou as duas horas. No final, Sérgio Luís deixou um presente aos alunos: um caixote de preservativos. Em poucos minutos, o caixote ficou vazio.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Afinal é possivel! Obrigado




Afinal é possivel encontrar alguem diferente de nós.... sem preconceitos.... sem medos .... só com amor....


eu é que sempre tive medo....


medo de encontrar uma pessoa maravilhosa?


é um grande desafio para 2008


Obrigado por existires