terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ignorance puts young at risk as HIV soars


Ignorance puts young at risk as HIV soarsSunday, November 25, 2007
HIV infection rates are rising in Britain
Young people in Britain don't care about the risk of catching HIV – despite living in the only country in Western Europe where infection rates are rising.
Two-thirds of 15 to 24-year-olds say they are not worried about getting the virus, even though nearly 9,000 people become infected every year.
The revelation has been described as a 'wake-up call' by a charity, which claims ignorance is growing because it has been 20 years since a major Aids awareness campaign has been run.

'I wonder how many cases we need before we are going to start taking it seriously,' a Terrence Higgins Trust spokeswoman said.
HIV infections are rising in Britain but falling in the rest of the world, the UN said last week. There were 8,925 new infections in the country last year compared with 7,700 in 2005 and more than double the 4,152 in 2001.
However, just 32 per cent of young British people fear they will get the virus. In South Africa the figure is 83 per cent and in Ethiopia the figure is 42 per cent.
One in seven young people in Britain also said they would not be willing to remain friends with someone if they had HIV.
The latest figures are released today by the Red Cross as it launches a campaign on social networking sites and through other digital media to highlight the threat of the virus.
It also comes against a backdrop of soaring rates of other sexually transmitted infections in Britain.
The Department of Health said it had 'strengthened' its HIV promotion work and was spending £130million on improving sexual health services.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Stigma 'Feeds Ignorance About HIV'

Stigma 'Feeds Ignorance About HIV'
Updated:09:14, Monday November 26, 2007
One in seven young people in Britain would not be willing to remain friends with someone if they had HIV, according to new research.


A survey by Ipsos Mori shows the stigma surrounding HIV in Britain is approaching levels seen in South Africa, the country with the highest number of infections.
A fifth of youngsters interviewed in South Africa said they would not remain friends with someone who contracted the disease.
In Kyrgyzstan, where HIV is a growing problem, the figure was almost half of young people questioned.
Alyson Lewis is HIV adviser at the British Red Cross, which commissioned the survey.



He said: "The stigma and secrecy attached to HIV is having a direct impact on young people's ability worldwide to access information and talk openly about their fears and concerns about the spread of this devastating pandemic.
"Almost half of British young people interviewed would want to keep it a secret if a member of their family was living with HIV."
The figures were released as the British Red Cross launched a campaign to raise awareness of the disease.
HIV: What's The Story? is aimed at educating youngsters about the disease.
Some 300 people aged between 14 and 25 were questioned in each of Great Britain, Ethiopia, South Africa and Kyrgyzstan.


sábado, 24 de novembro de 2007

Substituindo-se ao Alto Comissariado para a Saúde do Ministério da tutela



Jornal da Madeira / Região / 2007-11-23

Substituindo-se ao Alto Comissariado para a Saúde do Ministério da tutela
SRAS assume ajuda às crianças da ABRAÇO
O Governo Regional vai assumir, a partir de Janeiro de 2008, o compromisso financeiro para que as portas do projecto ABC-Ser Criança, uma iniciativa da Associação de apoio às vítimas da Sida e que acompanha 62 crianças madeirenses, não se fechem. A notícia foi avançada ao JORNAL da MADEIRA pelo secretário regional dos Assuntos Sociais e surge tempos depois de este ter recebido no seu gabinete a presidente e o vice-presidente da ABRAÇO nacional (a 7 de Setembro do corrente ano) que foram pedir para que o Executivo madeirense não se esqueça das crianças daquele projecto uma vez que o Governo nacional, liderado por José Sócrates, "abandonou" as crianças filhas de portadores de HIV da Madeira e dos Açores, tratando-as como portugueses de segunda.Francisco Jardim Ramos que na altura - conforme noticiou o JORNAL da MADEIRA- pediu um tempo para ver como poderia contornar este problema, afirmou ontem ao nosso matutino que ficou decidido atribuir, já a partir de Janeiro, uma verba de 18 mil euros mensais para pôr cobro aos problemas financeiros que a ABRAÇO tem para com as 62 crianças da Região que necessitam de apoio psicológico, médicos e até mesmo material para poderem terminar os seus estudos. Francisco Jardim Ramos explicou que antes a Segurança Social apoiava com 5 mil euros, sendo que a restante verba dos Jogos Sociais que sustentam o Plano Nacional de Saúde, as quais foram cortadas às Regiões Autónomas, sem contrapartidas. Nem as críticas nem as denúncias feitas pela associação ABRAÇO fizeram demover a intenção de "divórcio" do governo central para com as regiões autónomas. «Atendendo a que estas 62 crianças, e jovens que têm conseguido fazer a sua escolaridade com aproveitamento quase a 100 por cento, a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais Sociais substituindo-se ao Alto Comissariado para a Saúde do Ministério da Saúde reuniu esforços e vai garantir a continuidade deste trabalho que tem sido desenvolvido pela Abraço, assumindo a responsabilidade de manter este serviço em funcionamento», disse-nos Francisco Jardim Ramos.Solucionado o problema do ABC-Ser Criança, passo que se segue é o Lar na Rua da CarreiraO projecto ABC-Ser Criança desenvolve-se desde 1997 e já abrangeu 62 menores que directa ou indirectamente foram afectados pelo VIH-Sida. A ABRAÇO tem conseguido que cada grupo familiar de jovens e crianças habite em residências próprias, para que desde o início, se consiga uma integração global das pessoas, acompanhando com os mesmos e seus familiares as vicissitudes que vão sofrendo por força da sua situação especial em relação ao VIH/ Sida e encontrando para cada caso uma solução em família. Apenas 2 casos com 3 crianças estão institucionalizados.Entretanto, refira-se que há ainda um projecto para a Rua da Carreira onde a ABRAÇO dispõe de um edifício cedido pelo Governo Regional. Ali, a associação quer erguer um lar para as suas crianças mas tem posto o assunto em “stand-by” por falta de verbas. Solucionada esta questão das verbas do projecto ABC-Ser Criança, a Associação deverá começar a desenvolver esforços para resolver o arranque do lar.

Carla Ribeiro

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Portugal e a SIDA - Por Drª Maria José Campos


Diário de Notícias

*Filomena Naves 2007-11-21

Maria José Campos, GRUPO DE ACTIVISTAS VIH/SIDA.

"Falta uma política clara no combate à sida"**Como comenta o relatório de 2007 da ONUsida, que coloca Portugal no quarto pior lugar, quanto a novas infecções, na Europa Ocidental?

*Ainda não li o relatório completo. Do que vi, há uma comparação em termos de números absolutos, que não são comparáveis entre si. Por isso, tenho algumas dúvidas sobre esse quarto lugar.*Mas o panorama da doença é muito diferente do dos últimos anos em Portugal?*Não é muito diferente do que tem sido até agora. Mas há uma coisa em que é preciso voltar a insistir. O relatório baseia-se no número de casos notificados e isso, como se sabe, não representa a verdadeira realidade da infecção em Portugal. Ou seja, os dados do relatório representam sempre uma subavaliação do problema.


*Parece então que não se avançou muito em Portugal no combate à sida.

*Parece que não se avançou nada. E isso vem provar uma vez mais, por A mais B, que o problema não está resolvido em Portugal nas suas três vertentes fundamentais: a prevenção, o tratamento e a luta contra a discriminação. Só não vê isso quem não quer ver, ou está de má-fé.


*Como vê o caso recente do cozinheiro seropositivo que foi despedido por causa disso?

*É mais discriminação e um passo atrás no problema da sida. Há obviamente imensas pessoas a trabalhar na indústria hoteleira que são seropositivas e todos nós, com certeza, já todos comemos comida confeccionada em restaurantes por cozinheiros seropositivos, incluindo os juízes que julgaram o caso. E o que vai acontecer a partir daqui é que as pessoas nessa situação vão ter ainda mais relutância em falar do seu caso.


*O que está a correr mal para Portugal continuar com mau desempenho em relação à sida?

*Há uma ausência completa de uma política de cima para baixo, no sentido de colocar, de uma vez por todas, o problema na ordem do dia. Há muitos discursos, mas isso não chega.


*Falta o quê, concretamente?

*Falta tudo. Planear e pôr em prática uma política clara para combater a doença.


*Na prevenção, por exemplo?*

Fazê-la. Na educação sexual nas escolas, por exemplo, na política para grupos específicos, como os imigrantes que não falam português, ou os idosos, ou ainda os que vendem sexo na rua ou os que consomem droga. É tudo feito a conta-gotas.


*E no tratamento, o que não está a correr bem?

*As pessoas chegam demasiado tarde ao tratamento, ou não chegam. Neste momento, por razões economicistas, as administrações hospitalares estão a recusar aos doentes tratamento com medicamentos em ensaio clínico. O ministro da Saúde diz que não deu indicações de cortes orçamentais a esse nível, mas é que está a acontecer.

2007-11-21


HIV infecta seis portugueses por dia DIANA MENDES

Sexo sem protecção e uso de seringas contaminadas justificam os dados
No ano passado foram infectados por HIV seis portugueses por dia. Segundo o relatório anual da Onusida, foram contabilizados 2162 novos casos em 2006, o que coloca o País em quarto lugar entre os países da Europa Ocidental. As relações sexuais desprotegidas são a principal causa de infecção. Em Portugal e Espanha, o uso de seringas contaminadas entre os toxicodependentes continua a ter grande peso nas estatísticas.O consumo de drogas injectáveis tem vindo a decrescer em Portugal. Já no ano passado, o relatório concluía que o número de casos reportados de HIV caiu 31% em quatro anos. No entanto, a infecção relacionada com o consumo de drogas injectáveis é uma preocupação manifestada no relatório das Nações Unidas. A epidemiologista Teresa Paixão disse ao DN que "tem havido um declínio acentuado", mas admitiu que há sempre casos associados."Entre as mulheres com mais de 55 anos, também tem havido um ligeiro aumento de casos", refere. No Reino Unido, a infecção subiu entre os homens que têm sexo com outros homens, homens heterossexuais e mulheres que adquirem a infecção em países com alta prevalência. Os casos duplicaram, passando de 4152, em 2001, para 8925 em 2006, colocando o país no topo da lista."A transmissão entre homossexuais tem vindo a aumentar ligeiramente, bem como entre os mais jovens devido a aspectos comportamentais", calcula. A França e a Alemanha são os outros dois países com mais infecções por HIV do que Portugal.A África do Sul continua a registar um terço do número de novas infecções por HIV e, na Europa de Leste, 90% dos novos casos foram registados na Rússia e na Ucrânia. A Europa de Leste e a Ásia Central terão 150 mil pessoas a viver com a infecção, um número que subiu 150% desde 2001.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

BE apresenta diploma que proíbe discriminação

VIH/SIDA: BE apresenta diploma que proíbe discriminaçãoO BE apresentou hoje no Parlamento um diploma que «proíbe a discriminação dos portadores de VIH/SIDA ou de doença crónica», para reforçar os instrumentos legais já existentes e estabelecer sanções para actos que violem direitos fundamentais.
«É necessário criar e aprovar medidas legislativas por forma a abolir a discriminação dos infectados com VIH e onde as práticas de tolerância e integração sejam beneficiadas», lê-se na exposição de motivos do projecto de lei agora entregue pelo BE na Assembleia da República.
Conforme adiantou o deputado do BE João Semedo em conferência de imprensa, a apresentação deste diploma está directamente relacionado com uma notícia divulgada pelo jornal Público na segunda-feira, que revelava que o Tribunal da Relação de Lisboa deu razão a um hotel que despediu um cozinheiro infectado com VIH.
Segundo o acórdão citado pelo jornal, os magistrados da Relação, que confirmaram uma sentença anterior do Tribunal do Trabalho de Lisboa, concluíram que o cozinheiro representaria «um perigo para a saúde pública» caso continuasse a exercer, apesar de terem disponíveis dois pareceres científicos que negam alegados riscos de transmissão de um cozinheiro com VIH.
Considerando que esta decisão do Tribunal da Relação de Lisboa é «um momento particularmente lamentável e negro», João Semedo disse ser esta altura ideal para o BE apresentar o diploma que «proíbe a discriminação dos portadores de VIH/SIDA ou de doença crónica».
«Queremos reforçar os instrumentos legais que já impedem a discriminação«, afirmou o deputado do BE, lembrando que quer a Constituição, quer o código laboral já impedem a prática de qualquer tipo de discriminação.
Contudo, e porque os portadores de VIH ou de doenças crónicas continuam a ser discriminados não só nas relações laborais, como também nas escolas, no acesso ao crédito à habitação ou na realização de apólices de seguros de vida, »importa tipificar as situações de discriminação que têm de ser punidas«, assim como o estabelecimento de sanções para esses casos, é referido do projecto de lei do BE.
Assim, e de acordo com o diploma do BE, consideram-se por »praticas discriminatórias« as acções ou omissões dolosas ou negligentes que, em razão da sua doença, violem o princípio da igualdade», nomeadamente que se subordine a oferta de emprego, a cessação do contrato de trabalho, a recusa de contratação ou qualquer aspecto da relação laboral ao facto do trabalhador ser portador de VIH/SIDA ou de doença crónica.
Como práticas discriminatórias são ainda entendidas a recusa ou condicionamento de aquisição ou arrendamento de imóveis, a recusa ou rejeição na celebração de contratos de seguro ou a limitação ou impedimento de acesso a estabelecimentos de ensino.
Desta forma, no projecto de lei do BE, estabelece-se que «é proibido despedir, aplicar sanções ou prejudicar por qualquer meio o cidadão portador de VIH/SIDA ou de doença crónica», que «a ninguém pode ser recusada a celebração de contrato de seguro em virtude de ser portador de VIH/SIDA ou de doença crónica e que »o Governo assegurará as condições de acesso« daqueles cidadãos ao crédito à habitação.
No diploma do BE estabelece-se que a prática de qualquer acto discriminatório por pessoa singular constitui contra-ordenação punível com coima de »cinco a dez vezes o valor mais elevado do salário mínimo mensal«, enquanto se a prática do acto de discriminação for praticado por pessoa colectiva a coima será de »20 a 30 vezes o valor mais elevado do salário mínimo nacional mensal«.
«Em caso de reincidência, os limites mínimos e máximos serão elevados para o dobro», é ainda referido no projecto de lei, que estabelece também que o juiz pode aplicar ainda como «pena acessória» a publicidade da decisão e a advertência ou censura públicas aos autores da prática discriminatória.
No diploma prevê-se igualmente a constituição de uma «comissão contra a discriminação dos portadores de VIH/SIDA e de doença crónica» que, segundo o deputado João Semedo, será responsável pela promoção de estudos e pelo «esclarecimento de algumas coisas que não estão claras como deviam estar», entre outras tarefas.
«É preciso combater o preconceito e a ignorância«, salientou o deputado do BE.
Diário Digital / Lusa
20-11-2007 17:13:00

domingo, 11 de novembro de 2007

Programa Nacional ADIS não se aplica as Regiões



Programa ADIS - é um programa que se intitula de âmbito nacional, mas descrimina notóriamente as Regiões Autónomas, conforme está descrito no texto em baixo.


Financia projectos de ambito nacional, mas porque nao podem ser projectos provenientes das regiões autónomas!


porque será??
é uma pergunta não consigo resposta!!!
devem se ter enganado e em vez de ler-se nacional, le-se Continental!










www.sida.pt
Adis 2008
Programa ADIS – Programa de Financiamento de Projectos e Acções no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida

O Regulamento para Financiamento de Projectos e Acções no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida foi aprovado pelo Senhor Ministro da Saúde em 12 de Setembro de 2007, estando a aguardar a sua publicação em Diário da República. Após a data de entrada em vigor (no dia seguinte ao da sua publicação), as entidades interessadas terão 30 dias a contar dessa data para apresentação das candidaturas.

Elaborado na sequência da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 186/2006, de 12 de Setembro, que estabelece o regime de atribuição de apoios financeiros pelo Estado, através dos serviços e organismos centrais do Ministério da Saúde e das Administrações Regionais de Saúde, a pessoas colectivas privadas sem fins lucrativos, o Regulamento estabelece novas regras e procedimentos, que passamos a elencar:

· O Regulamento ADIS é aplicável em território nacional com excepção das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

· Podem ser beneficiários de apoios financeiros previstos no referido regulamento as Pessoas Colectivas Privadas sem fins lucrativos que actuem nas áreas da saúde e da solidariedade social, no âmbito da infecção VIH/sida.


· Podem ser apoiados projectos anuais (com a duração de 1 ano) e plurianuais (com a duração máxima de 4 anos).

· Os projectos não podem beneficiar de apoios cumulativos do Ministério da Saúde para as mesmas actividades

· As candidaturas devem ser enviadas via Internet, em formulário disponível no site oficial da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida (http://www.sida.pt/). O formulário preenchido on-line deve ser impresso e enviado por correio registado com aviso de recepção ou entregue directamente na Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, Palácio Bensaúde, Estrada da Luz, nº 153, 1600-153 Lisboa, no prazo de 5 dias a contar da data limite para apresentação de candidaturas e acompanhado da documentação obrigatória.


· A apresentação de candidaturas tem lugar entre os dias 1 e 31 de Maio. Excepcionalmente, é aberto um período de candidaturas para projectos ou acções a iniciar em 2008, no prazo de 30 dias a contar da data de entrada em vigor da portaria que aprova o regulamento.

· Os projectos e acções aprovados são financiados nos seguintes moldes:
1. Nos casos de prestação de cuidados de saúde, o financiamento pode ascender a 100% dos custos suportados pela entidade beneficiária.
2. Nos demais casos, o financiamento pode ascender até 75% dos custos.

● O processamento do financiamento é efectuado sob a forma de duodécimos da seguinte forma:
1. Projectos ou acções com a duração de 1 ano: Após a assinatura do contrato é processado o adiantamento de 25% do financiamento aprovado, equivalente a 3 duodécimos. Os restantes 75% são atribuídos em duodécimos no início de cada mês.
2. Projectos ou acções plurianuais: O financiamento anual é efectuado, no primeiro ano, nos moldes do ponto 1. Nos anos subsequentes, nos mesmos moldes, após aprovação do orçamento para o respectivo ano.

sábado, 10 de novembro de 2007

Urgências vão ter testes rápidos de detecção da Sida


Já realizados em 23 mil pessoas
Urgências vão ter testes rápidos de detecção da Sida
Desde o início da sua utilização, em 2005, foram realizados em Portugal mais de 23.000 testes rápidos de detecção da infecção VIH/Sida, um instrumento «extremamente fiável» a ser distribuído em maternidades e urgências para «não desperdiçar oportunidades»



Segundo divulgou hoje o coordenador nacional para a infecção por VIH/Sida, Henrique Barros, os novos testes têm sido utilizados em Centros de Aconselhamento e Detecção Precoce (CAD), onde foram já realizados 17 mil exames do género, e Gabinetes de Apoio à Toxicodependência (GAT), onde foram testadas mais de 6.000 pessoas.
«Trata-se de um teste extremamente fiável como as recolhas de sangue e semelhante aos testes de gravidez por os resultados serem também muito rápidos. A questão da rapidez tem a ver com a orientação e com ganhar mais pessoas no sistema de cuidados e evitar o mais possível que desistam de fazer os teste e de receber os resultados», explicou o responsável, durante a XI Reunião sobre infecção por VIH/Sida, que decorreu hoje no Centro de Congressos do Estoril.
«Se não houver uma boa relação com o médico ou determinação dos factores de risco, pode-se viver muitos anos sem saber que se é positivo, o que faz com que a pessoa não tire vantagem das terapêuticas e que outra pessoa possa ser infectada», alertou, estimando que um terço da população portuguesa infectada desconheça a sua situação.
Henrique Barros referiu que os testes rápidos - que custam cerca de três euros, menos quinze do que os tradicionais -, devem ser distribuídos em maternidades e urgências, onde a sua maior eficácia vai permitir «fazer a diferença».
«Permite não desperdiçar oportunidades. A urgência é um bom local: há médicos, enfermeiros, ajudantes, espaço e obrigação de encontrar condições. Já se fazem muitos testes de Sida nas urgências, esperamos agora que se façam um pouco mais», defendeu.
O especialista considera, no entanto, que a realização do exame nestes serviços não deve ser banalizado, mas antes destinar-se a pessoas com comportamentos ou circunstâncias de maior risco e partir sobretudo de decisão clínica.
Quanto às farmácias, Henrique Barros não acredita que os testes sejam realizados «tão cedo», mas admite que a sua disponibilização nestes locais vai acabar por acontecer.
De acordo com dados apresentados hoje no Centro de Congressos do Estoril, o custo dos testes rápidos de detecção de VIH/Sida tem vindo a diminuir ao longo dos anos (em 2004 poderia custar cerca de 7,50 euros) e deverá reduzir os gastos do Sistema Nacional de Saúde, embora devam ser tidas em conta as despesas necessárias à sua realização - manuais de formação, responsáveis técnicos, registos e programas de avaliação externa da qualidade.
Actualmente, estão a ser distribuídos cinco testes realizados com uma picada no dedo, semelhante à que é feita nos testes a diabéticos, mas está também prevista a obtenção de resultados através de saliva.
Segundo o coordenador nacional para a infecção por VIH/Sida, ainda este mês decorrerá uma acção de orientação de clínicos destinada a reforçar a ideia de «não deixar passar».
«Não se vão 'apanhar' mais infectados, mas é preciso garantir que chegam ao tratamento o mais rapidamente possível», concluiu.
Lusa/SOL

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Instituto sueco diz estar perto de vacina contra a Sida


Cientistas do Instituto Karolinska da Suécia, uma das mais respeitadas instituições de investigação do mundo, anunciaram na televisão sueca que esperam obter uma vacina eficaz contra o vírus da Sida dentro de dois a três anos.
Os testes clínicos da vacina - fruto de um estudo iniciado há sete anos - mostraram que 97% dos 40 voluntários inoculados desenvolveram resposta imunológica contra o vírus HIV.
A vacina está agora a ser testada em 60 voluntários na Tanzânia, e os primeiros testes indicam a possibilidade de obter resultados semelhantes aos alcançados na Suécia.
«Os resultados das fases 1 e 2 dos testes têm sido extremamente promissores», disse em entrevista à BBC a cientista Britta Wahren, responsável pelo projecto da vacina no Instituto Karolinska.
Durante os últimos 20 anos, cerca de 200 vacinas foram desenvolvidas em diferentes países, mas nenhuma conseguiu, até agora, obter resultados eficazes nos testes com humanos em larga escala.
Em Setembro passado, foram suspensos os testes de uma vacina experimental que era considerada uma das mais avançadas, após falhas registadas nos resultados preliminares.
O estudo, conduzido pelo laboratório Merck em nove países mostrou, depois de 13 meses de testes, que a vacina não conseguiu impedir a contaminação de voluntários com o vírus HIV.
Segundo a ONU, a Sida já provocou mais de 20 milhões de mortes, e hoje cerca de 40 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo - 70% delas no continente africano.
05-11-2007 10:40:32

sábado, 3 de novembro de 2007

Faço copia de um texto Fenomenal de um amigo meu! meloes e melodia


Fiz mesmo copy e paste!!!! mas é tão bom o texto que decidi mostrar a toda gente!







Há algumas coisas que me aborrecem. Mas que me aborrecem até ao limite.Há uns meses conheci o John*. O John é seropositivo há vinte anos e perdeu o parceiro para a mesma doença. Está internado num hospital Londrino e pertence a um grupo de estudo de doentes em fase terminal.
O John tem o aspecto que imaginamos de um doente de SIDA. Nos seus quase sessenta anos, pareceria ter noventa, não fosse o brilho dos olhos. Mas o rosto encovado, a falta de cabelo e pelo, os tumores pelo corpo bem como a lipodistrofia, e uma magreza assustadora, não nos deixa esquecer que o John está mal e não estará muito tempo. É um homem inteligente e culto, com um sentido de humor e uma ironia excepcionais.
Ri-se da vida e da doença. Infelizmente, é um dos raros casos em que os tratamentos não actuam. Cada vez que surge um novo tratamento, muda e melhora durante uns seis meses, mas logo o virus ganha resistência ao medicamento e neste momento não há tratamento no mercado que lhe valha.Como o hospital é ao lado de minha casa, e porque eu tenho que fazer uns controlos de sangue regularmente, cada vez que vou ao hospital, visito o John. Já não tem pais e passa o dia sozinho. Barafusta e tal porque diz que o quero matar porque levo virus comigo, quando até a propria água que o John bebe é fervida para evitar qualquer infecção. Mas logo fala, fala, conta-me a vida dele, as experiências, a frustação...Finalmente esta semana percebi o porquê da frustação. Ao falar com o médico que segue o caso do John, apercebi-me que as coisas não estão fáceis. Há medicamentos em fase experimental, inibidores de fusão, e o bem recente “splicing” (não sei qual o nome em Português).Estes tratamentos não estão aprovados nem podem ser administrados porque não são conhecidos todos os efeitos secundários, no entanto sabe-se que não matam em dois dias. No entanto o John, apoiado pelo médico, queria experimentá-los, mas não pode... estes tratamentos podem aumentar seriamente o nível de gordura no sangue e levar a sérios problemas cardíacos...Agora expliquem-me uma coisa, se um deles impede que o virus se funda com as células doentes e o outro impede que o virus se multiplique, garantir-se-ia que a doença do John parasse exactamente onde está, OK, com mais colesterol e tal, e outros efeitos que o podem matar daqui a cinco ou seis anos, ou nunca, porque não se conhecem; mas porque o podem fazer, não podem ser administrados, e o John continua a tomar os seus trinta comprimidos diários e à espera que um dia que o vá visitar leve comigo um viruseco qualquer que o mate.Não deveria ele poder escolher? Bolas, é muito diferente dizer a alguém que morre amanhã, ou que pode morrer daqui a cinco ou seis anos, ou talvez mais,...Mas claro, os novos medicamentos demoram sempre três anos ou mais a ser aprovados, exactamente o mesmo tempos que demoram as patentes dos existentes a expirar, e por isso a ser aprovada a produção de genéricos.Entendo perfeitamente que a Indústria Farmacêutica precise de dinheiro para pagar as suas investigações, que haja patentes, e compreendo que a falsificação de medicamentos na China e na Índia, estejam a retirar parte destes fundos fundamentais para o desenvolvimento de novos tratamentos para qualquer doença, mas bolas,... onde entram aqui os direitos do Homem, a Justiça Social?Queremos mais escândalos como foi não lançarem os inibidores da protease até os stocks de AZT terem diminuído para níveis economicamente aceitáveis?Podem chamar-me simplista, mas porque carga de água gastam os governos das grandes potências em armas e afins, promovem guerras aqui e acolá para estimular a economia e não dão este dinheiro à investigação para as doenças que matam todos os dias? Ou à prevenção?Se é por motivos económicos, que se lembrem que doentes inválidos também ocupam camas de hospitais, gastam em cuidados paliativos e não produzem... e esta gente curada, ou activa, será menos um custo e mais um proveito.Para mim é mais uma pessoa.
Por isso John, vou fazer o que me pediste, tu e o teu médico. Vou aventurar-me nesta cidade a dar alguma formação e conforto aos mais vulneráveis e aos doentes.
Fiquei muito contente em saber o conforto que te dou e a alegria que sentes quando me vês entrar. Sei que sou um risco para ti, mas vale a pena arriscar, seja por um tratamento do corpo ou por um tratamento da alma.
*nome fictício
Plantado por Melões Melodia às 16:49